quinta-feira, 9 de novembro de 2017

De que cor é o medo

Versátil. Polémico. Enigmático.
Jurista, empresário, pintor, editor, monárquico, ex-Opus Dei, se é que tal coisa existe…
quem é e quem foi Paulo Teixeira Pinto?

A biografia autorizada, intitulada De que cor é o medo, da autoria da jornalista Sílvia de Oliveira, conta com prefácio de Pedro Abrunhosa e posfácio do próprio biografado. Nesta obra, Paulo Teixeira Pinto promete revelar os segredos da sua vida profissional, a devoção que encontrou no Opus Dei, a dor da perda de um filho, a desilusão da perda de fé, a inesperada segunda oportunidade no amor, como lida com a doença de Parkinson e o exame forçado de consciência que é ver a sua vida abreviada. É também neste livro que se quebra o silêncio de dez anos sobre os confrontos com Jardim Gonçalves pela liderança do BCP.

Uma biografia sem segredos, sem tabus, sem desculpas.

“Paulo começava a aperceber-se do ajuste de contas que a vida parecia, agora, querer fazer. Em três anos, acumulou desgostos. Com pouco mais de quarenta anos, foi-lhe diagnosticada a doença de Parkinson, saiu derrotado da presidência do BCP, o maior banco privado nacional, viveu uma inesperada crise de fé que o levou a deixar Deus e o Opus Dei, onde esteve vinte anos, e separou-se da mulher com quem estivera casado 25 anos, Paula Teixeira da Cruz, a mãe dos seus dois filhos. E perdeu o seu filho mais novo.”

De que cor é o medo? - Uma Biografia de Paulo Teixeira Pinto por Sílvia de Oliveira
Bertrand Editora - 15,50€

Passaram dez anos desde que Paulo Teixeira Pinto deixou a presidência do BCP, em guerra aberta com Jardim Gonçalves, o fundador do banco, o mesmo que o tinha escolhido para seu sucessor. E o silêncio de uma década só agora é quebrado nesta biografia autorizada.
Mas a história da sua vida não cabe, jamais, nos cerca de três anos em que foi banqueiro. O Opus Dei, que deixou após 25 anos no âmbito de uma profunda crise de fé, a família, o casamento e o divórcio de Paula Teixeira da Cruz, a doença de Parkinson, a morte súbita do seu filho mais novo, a descoberta de um novo amor, a Mónica, que diz ser o seu alter ego, a pintura e a poesia, o seu Museu Zero, e o tanto que ainda falta, preenchem 57 anos de uma vida generosa, improvável, vertiginosa e demasiado magoativa.
Sem desculpas e com um único medo, o de poder desiludir os que ama e o amam, Paulo Teixeira Pinto conta o que viveu, e como, e ainda como quererá parar, um dia. A verdade, como a prometeu, de alguém que, só agora, descobre que no final das contas, a improbabilidade continua a ser a cor dominante da sua vida. A vida de um romântico.

Jornalista, desde 1992, passou pelo Diário Económico, Semanário, Público, Jornal de Negócios, integrou a direcção de fundadores do jornal i e, mais recentemente, liderou o jornal electrónico Dinheiro Vivo. Nasceu em Cascais, em 1970, tem uma filha, na qual se vê demasiadas vezes ao espelho, e a característica de se entusiasmar muito com histórias, as suas e as dos outros. Viver e viver para poder contá-las é a sua vocação.

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