domingo, 27 de novembro de 2016

O que pedir ao Pai Natal? #29


A Outra Metade de Mim, de Affinity Konar
Pearl tem a seu cargo o triste, o bom, o passado. Stasha fica com o divertido, o future, o mau. Corre o ano de 1944 quando as gémeas chegam a Auschwitz com a mãe e o avô. No seu novo mundo, Pearl e Stasha Zamorski refugiam-se nas suas naturezas idênticas, encontrando conforto na linguagem privada e nas brincadeiras partilhadas da infância. As meninas fazem parte da população de gémeos para experiências conhecida como o Zoo de Mengele e, como tal, conhecem privilégios e horrores desconhecidos dos outros. Começam a mudar, a ver-se extirpadas das personalidades que em tempos partilharam, as suas identidades são alteradas pelo peso da culpa e da dor. Nesse inverno, num concerto orquestrado por Mengele, Pearl desaparece. 

Stasha sofre a perda da irmã, mas agarra-se à possibilidade de que ela continue viva. Quando o campo é libertado pelo Exército Vermelho, ela e o companheiro Feliks - um rapaz que jurou vingança depois da morte do seu gémeo - atravessam a Polónia, um país agora destruído. Não os detêm a fome, os ferimentos e o caos que os rodeia, motivados como estão em igual medida pelo perigo e pela esperança. Encontram no seu caminho aldeões hostis, membros da resistência judaica e outros refugiados como eles, e continuam a sua viagem incentivados pela ideia de que Mengele pode ser apanhado e trazido à justiça. À medida que os jovens sobreviventes descobrem o que aconteceu ao mundo, tentam imaginar um futuro nele. Uma história extraordinária, contada numa voz que tem tanto de belo como de original, Mischling é um livro que desafia todas as expectativas, atravessando um dos momentos mais negros da história da humanidade para nos mostrar o caminho para a beleza, a ética e a esperança.

Uma Mulher no Topo do Mundo, de Maria da Conceição
«Passados dois meses de ter começado a aventura, Maria estava, finalmente, a 8848 metros de altitude, onde poucos conseguem chegar. Aproveitando uma janela de bom tempo nas gélidas montanhas dos Himalaias, partiu para a última fase da escalada. A chegada ao topo demorou 13 horas, enfrentando temperaturas a rondar os 30 graus negativos. «Foi a coisa mais difícil que fiz em termos físicos, mas cume do mundo é ainda mais bonito do que eu alguma vez poderia ter imaginado!», contou Maria, horas depois, à agência de notícias portuguesa LUSA. A notícia do seu feito espalhou-se, ainda que de forma discreta, na imprensa, rádios, televisões e páginas da internet em Portugal, nos Emirados Árabes Unidos (EAU) - onde vive há quase uma década. Maria tinha, assim, uma plataforma para expor o seu ato de bravura e, mais importante do que tudo, para explicar a causa que a movia: ajudar as crianças dos bairros de lata do Bangladesh a sair do ciclo de pobreza.»

A Casa da Senhora Peregrine para Crianças Peculiares, de Ransom Riggs
Uma ilha misteriosa. Uma casa abandonada. Uma estranha colecção de fotografias peculiares. Uma terrível tragédia familiar leva Jacob, um jovem de dezasseis anos, a uma ilha remota na costa do País de Gales, onde encontra as ruínas do lar para crianças peculiares, criado pela senhora Peregrine. Ao explorar os quartos e corredores abandonados, apercebe-se de que as crianças do lar eram mais do que apenas peculiares; podiam também ser perigosas. É possível que tivessem sido mantidas enclausuradas numa ilha quase deserta por um bom motivo. E, por incrível que pareça, podem ainda estar vivas… 

Um romance arrepiante, ilustrado com fantasmagóricas fotografias vintage, que fará as delícias de adultos, jovens e todos aqueles que apreciam o suspense.

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